A bolacha amolece porque absorve umidade do ar. Já o pão sofre o efeito contrário: quanto mais tempo fora do saco, mais endurece por perder água. Parece simples, certo? Mas a resposta não acaba aí. Ambos possuem em seus ingredientes um polímero chamado amido, polissacarídeo encontrado nos vegetais, como cereais, raízes, tubérculos, leguminosas e outros. Constitui a principal fonte dietética de carboidrato. É basicamente por causa dele que acontecem todas essas mudanças.
Durante o processo de fabricação da bolacha, o amido passa por uma
transição vítrea, um efeito térmico usado para obter um produto mais maleável
sem mudar sua estrutura. Quando a tiramos do pacote, a bolacha entra em contato
com um ambiente mais úmido. Então, as regiões cristalinas do amido se rompem e
deixam a água entrar. Aí é que a bolacha fica borrachuda.
O pão, quando assado, se torna uma pasta elástica. Nessa fase, o
amido é aquecido a 600°C e tem a textura de uma gelatina. Conforme o tempo
passa e a temperatura diminui, as cadeias de amido interagem com mais força
entre si, obrigando a água a sair. A sinérise, como é chamada, acontece quando
o amido volta ao seu estado natural, provocando um ressecamento do pão.
Bilhões
de reais já foram gastos em pesquisas para controlar essa inconstância do
amido.
No caso do pão, há mais de 150 anos pesquisadores estudam o
fenômeno para tentar reverter o processo de retrogradação do amido. O tipo de
pão mais atingido pela "secura" é o francês.
Quanto
à bolacha, se armazenada em um pote de vidro, manterá sua crocância durante
muito mais tempo.
Fonte: http://socuriosidades.blogspot.com.br/2008/02/por-que-bolacha-amolece-e-o-pao.html
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